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2 de abr. de 2013

Homem X Mulheres: entenda as principais diferenças físicas


Dimorfismo sexual” é o termo científico para as diferenças físicas entre machos e fêmeas de uma espécie. Temos muitos exemplos de dimorfismo sexual no mundo animal. Os pavões são um ótimo exemplo: enquanto as fêmeas são sem graça os machos exibem uma plumagem colorida, cada uma mais incrível que a outra. Enquanto isso homens e mulheres são fisicamente mais semelhantes do que diferentes. No entanto, além dos órgãos genitais, há algumas diferenças fundamentais projetadas durante a evolução para cada sexo com o objetivo reprodutivo, principalmente.
Peito X seios: Quando se fala de diferença entre homens e mulheres os seios/peito pode ser uma das primeiras coisas que vem a cabeça. As mulheres são os únicos primatas que possuem os seios salientes, mesmo quando não estão amamentando. A maioria dos cientistas acredita que as estruturas molduradas por gordura funcionam como uma estratégia da evolução atrair e guiar os homens para o sucesso evolutivo. Já os homens, possuem apenas os mamilos, que são estruturas codificadas pelos genes antes mesmo de decidir o sexo.

Pomo-de-adão X Pescoço liso: Homens e mulheres possuem uma cartilagem em volta laringe que serve para proteger principalmente as cordas vocais. Nos homens, os pedaços dessa cartilagem se projetam mais, formando o pomo-de-adão que faz com que a voz seja mais grossa. O tom de voz mais forte nos homens por causa da testosterona, em que os níveis são indicadores de qualidade genética e aptidão sexual. Na evolução, as mulheres selecionaram aqueles homens com vozes mais fortes para produzir uma prole saudável.
Peludos X Pele lisa : Enquanto mulheres tem uma pele lisa com pelos limitados a região genital, alguns homens exibem uma verdadeira cabeleira pelo corpo, inclusive no rosto. Bem, isso também é culpa dos hormônios sexuais (andrógenos). Mais uma vez a mulher selecionou o que considerava mais atraente sexualmente e assim, conforme sugeres os psicólogos evolucionistas, homens barbudos e com pelos pelo corpo tornaram-se predominantes. Esta atração também predominava pois funcionava como um indicativo de maturidade sexual. Por outro lado, os hormônios que desenvolvem os pelos no corpo do homem, também os leva a ficar careca futuramente.

Músculos X Curvas : Em geral os homens são mais musculosos que as mulheres. Enquanto o metabolismo masculino queima calorias mais rápido, o feminino tende a converter mais o alimento em gordura. Elas armazenam a gordura extra em seus seios, coxas, nádegas, e como a gordura subcutânea na camada inferior da pele formando a escultura feminina que conhecemos hoje. Mulheres foram planejadas para gerar e parir e por isso tem quadris mais largos e mantem uma gordura extra para sustentar a gravidez. Os homens possuem o benefício de ser o mais forte e ágil possível, tanto em sua busca por alimento, e quando em competição com outros homens.

Traços fortes X traços delicados: Quanto mais testosterona um homem tem, mais forte a testa, maçãs do rosto e linha da mandíbula. Enquanto isso, quanto mais estrogênio a mulher tem, mais cheios o rosto e os lábios e maior as sobrancelhas. Assim, os hormônios sexuais controlam as também as características faciais entre macho e fêmea. Essas diferenças também são resultado da seleção natural. Hoje, estudos comprovam que quando as mulheres estão a procura de um parceiro em longo prazo, elas tendem a preferir homens com características mais afeminados, que têm menos testosterona e são susceptíveis de ser parceiros mais fiéis que ajudam no cuidado com o prole.

Texto: Natalie Wolchover

8 de mai. de 2012

Menores tartarugas do mundo nascem na Inglaterra



Pela primeira vez em cinco anos, quatro tartarugas egípcias nasceram há pouco mais de uma semana no zoológico Marwell Wildlife, em Hampshire, na Inglaterra. Os filhotes, que pesam apenas 3g, têm o tamanho similar a uma moeda de R$ 0, 10. A espécie é a menor do mundo.
A equipe responsável pelas tartarugas se certificou de que os ovos fossem mantidos em condições controladas, e depois de 111 dias eles começaram a rachar. "Foi tão interessante ver os filhotes fazendo buracos na casca dos ovos para sair", afirma Kimberley Goodfield, uma funcionária do zoológico.
Segundo o site do jornal britânico Metro, os animais adultos desta espécie podem viver mais de 50 anos e ter até 15 cm de comprimento.

3 de mai. de 2012

Estranho organismo recém-descoberto inaugura novo reino da natureza

Um organismo unicelular descoberto na Noruega está dando o que falar. Segundo cientistas, ele é tão diferente de todos os organismos conhecidos até hoje que um novo grupo base, conhecido como novo reino, foi criado: Collodictyon.
Esse organismo singular foi encontrado em um lago no sul de Oslo, Noruega. De acordo com a cientista Kamran Shalchian-Tabrizi, da Universidade de Oslo, não há outro ser vivo que descenda de tão perto das raízes da árvore da vida.
“O micro-organismo está entre os mais antigos eucariontes. Ele evoluiu há cerca de um bilhão de anos. Ele nos mostra como a Terra parecia ser no início”, diz Shalchian-Tabrizi.
Os cientistas noruegueses analisaram o genoma do organismo encontrado e descobriram que ele é eucarionte, mas não se enquadra em nenhum dos grupos principais (animais, plantas, fungos, algas ou protistas).
Ele tem de 30 a 50 micrômetros (a espessura de um cabelo humano) e se alimenta de algas, preferindo viver sozinho, em detrimento de conviver em grupos. Sua singularidade também reside no fato de ter quatro flagelos, ao invés de um ou dois, o que seria considerado normal.
O micro-organismo também tem características que são marcas das algas e das amebas, pertencentes a dois reinos eucariontes diferentes.
Devido a esse motivo, os pesquisadores acreditam que o micro-organismo seja o ancestral desses dois reinos.



Fonte: HypeScience

28 de abr. de 2012

Cientistas criam polímero que substitui DNA


Pesquisadores reproduziram pela primeira vez em substâncias sintéticas as mesmas funções de armazenamento e cópia de genes


Um estudo divulgado nesta quinta-feira (19) mostrou que, pela primeira vez, mecanismos biologicamente importantes, como hereditariedade e evolução, puderam ser reproduzidos em laboratório usando substâncias artificiais. 

Uma equipe de pesquisadores, incluindo um brasileiro, conseguiu criar seis polímeros sintéticos capazes de armazenar e copiar as informações genéticas presentes no ácido desoxirribonucleico, o DNA, que carrega em todas as células as informações necessárias à vida. 

No experimento, eles também puderam mudar estas informações em um processo análogo à evolução, um passo importante para algo que recebeu o nome de genética sintética.
“Polímeros sintéticos já existiam e também era quimicamente possível reproduzir este processo, porém, pela primeira vez conseguimos trazer informações do DNA para o polímero sintético e dele para o DNA”, disse ao iG Vitor Pinheiro do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge e autor do estudo.

O processo de armazenamento de informações genéticas depende de dois compostos naturais, já muito conhecidos pela ciência, o DNA e o RNA. Os ácidos nucleicos DNA e RNA fornecem a base molecular para toda a vida através de sua habilidade única para armazenar e propagar informações através da combinação de quatro partes menores, chamadas de bases: guanina, citosina, adenina e timina.
O estudo publicado nesta quinta-feira (19) no periódico científico Science um sistema sintético que permitiu a replicação da informação codificada por polímeros que receberam o nome de XNA. “A informação genética pode ir do DNA para o XNA e de volta para o DNA, o que complete o ciclo replicação. Polímeros podem sintetizar o XNA do modelo de DNA e temos outro tipo de polímero que pode usar o XNA como modelo para converter a informação desta sequência genética em DNA”, disse Philipp Holliger, também autor do estudo. 
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Mas o experimento não parou por aí. O sistema sintético também evoluiu, ou seja, as cópias do material genético apresentaram mutações, a base do processo evolutivo. A equipe de pesquisadores também submeteu um dos polímeros, conhecidos como HNA, às condições laboratoriais semelhantes à seleção natural.

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“Num aspecto mais prático, se você pode armazenar informação e replicá-la, a evolução é apenas uma consequência individual disto. E para todos os polímeros que conseguimos fazer, abrimos o espaço de sequenciamento, que antes não poderia ser explorado. Portanto, seremos capazes de encontrar novas estruturas e fenótipos. Eu acredito que esta plataforma nos possibilitarás um amplo alcance de aplicação tecnológica”, disse Holliger.
De acordo com os pesquisadores, a ideia do experimento não é o de criar um Frankenstein, mas sim de usar a “propriedade tão surpreendente do DNA e do RNA de armazenar informação”. “É um sistema que já isola uma molécula com melhor estabilidade biológica e química. Com isso podemos desenvolver novas drogas baseadas em ácidos ribonucleicos para o tratamento de várias doenças”, disse Pinheiro ao iG.
Os pesquisadores estão procurando substitutos para componentes do sistema genético natural. “Não há nenhum problema com o DNA e o RNA assim que os usamos para estudar biologia. Acredito que há um interesse crescente no estudo do DNA e do RNA não só para alcançar alguma informação particular sobre este funcionamento mais também para construir, por exemplo, nanotecnologias”, disse. 
Texto: Maria Fernanda Ziegler